Quem não conquista o sucesso na vida, entendendo-se sucesso como ter relacionamentos afetivos amorosos e enriquecedores para ambos, uma relação saudável com o dinheiro, conquistar seus objetivos, realizar-se e ser feliz na vida, sentir-se seguro, é porque “não tomou sua mãe”.
Tomar a mãe significa aceitá-la plenamente, sem julgamentos, amorosamente no coração, independentemente de como tenha sido sua criação, educação e relação com ela, se sentiu-se ou não amado o suficiente ou da maneira que imagina “adequada”, se foi castigado injustamente, preterido ou mesmo abandonado.
Conheço muitas pessoas, amigos, alunos, pacientes, que ouvindo essas palavras, com expressão angustiada, de raiva ou sofrimento, afirmam ser uma tarefa impossível! Não conseguem, e muitos afirmam sinceramente que não querem, se abrir para esta aceitação.
Carregam mágoas profundas, cicatrizes mal formadas que encobrem superficialmente feridas crônicas e incuráveis da alma.
Porém não há como dizer sim à Vida, sem a aceitação, e antes de dizer SIM a ela, nossa mãe.
A Vida nos foi entregue através da mãe, nascemos de suas entranhas, de sua carne.
Nosso corpo foi forjado em seu ventre, através do alimento ingerido por ela e que tomamos para nós.
Esses nutrientes nos permitiram evoluir a partir do momento da concepção, quando duas células, mãe e pai, se tornaram somente uma, EU, através de um ato de amor da Vida, para trilhões de células no momento do nascimento.
O oxigênio que nos manteve vivos, foi inspirado através de seus pulmões.
O ritmo pulsante e tranquilizador que nos embalou durante os nove meses que em seu ventre fomos carregados, vinha das batidas de seu coração.
As emoções que sentíamos e nos envolviam, tanto as ruins que refletiam medos, incertezas e angústias, como as boas que carregavam os sonhos, esperanças, desejos e ideais, vieram de sua alma, e do campo familiar do qual ela fazia parte, e já nos envolvia, campo sistêmico que reverbera as experiências de milhares de pessoas que vieram antes de nós, as quais nos constituem incondicionalmente.
Revoltar-se, ter restrições, julgar ou criticar a mãe (ou também o pai, o que traz outras implicações) significa que nos julgamos maiores que ela, o que vai contra a lei da Hierarquia, significa também excluí-la o que vai contra a lei do Pertencimento e resulta em não realizar uma troca amorosa pois recebemos a Vida também através dela o que vai contra a lei do Equilíbrio de Troca.
Em resumo, com a escolha e atitude de não aceitar nem tomar plenamente a mãe, deixamos de vivenciar as três Ordens do Amor, as principais e fundamentais Leis dos relacionamentos e da Vida.
O resultado é a criação e / ou a continuidade do fenômeno transgeracional de emaranhamentos familiares, e o consequente fracasso em conquistar um destino de Sucesso, e uma Vida plena e feliz.
A partir da ampliação da consciência sobre esses temas, da aceitação de tudo e de todos como são, dizemos SIM à Vida, podemos transformar essa realidade, cumprir nossa missão pessoal, e enfim viver um destino saudável, com efeitos curativos em todo nosso sistema.
Viva a Vida!
Bert Hellinger
Curtir isso:
Curtir Carregando...
Publicado por Siari
Atuo como psicóloga.
Minha primeira formação foi Educação Física. Antes disto, transitei desde secretária/faxineira - num consultório dentário - até a secretaria numa fábrica de armas e munições - o que me gerou um carma, sem que eu imaginasse, e que foi liberado muitos anos depois.
Antes de tudo, o que sempre me moveu foi o desvendar as inquietudes que sempre tocaram meu coração .
E bem antes de cursar psicologia já buscava por mim mesma e nem sabia!
Nunca fui uma pessoa de aceitar: é assim mesmo! Sempre busquei novas possibilidades quando não estava bom .
Cheguei na psicologia porque é onde meu darma se dá.
Tive bulimia, fui compulsiva por exercício físico e sempre fui muito exigente . Na busca angustiada da cura da bulimia(porque isto faz muito tempo e não se falava e nem se sabia muito sobre o assunto -eram poucos casos e muito velados) cheguei no renascimento. Foi quando comecei sentir e juntar o que sabia com o que sentia.
No processo terapêutico entendia tudo, mas sentia tudo diferente .
Neste trajeto atuei como professora de educação física, esteticista , professora de estética, massagista, ministrei cursos de shiatsu, do-in, massagem ayurvédica, atuei como renascedora, terapeuta corporal, reikiana e outras atuações que foram tijolos de minha construção .
Fiz várias terapias e frequentei diferentes escolas de autoconhecimento. Tive vários mestres. A cada passo surgia aquele que eu precisava para aquele momento e sempre fui me abrindo para seguir o chamado do meu coração. Em algumas escolas estive mais tempo, em outras um pouco menos, mas todas estão incluídas no meu coração com a certeza de que nenhuma delas poderia estar fora. Caso contrário, eu não seria o que estou sendo hoje ....
E em construção, sempre.
Quando comecei a trabalhar com dependência química venci a preguiça de voltar pra faculdade e fiz psicologia.
Paralelamente fazendo meu trabalho pessoal, renascimento, meditações ativas, transcendental, primal, descondicionamento, pathwork, intensivos de espiritualidade, estive sete vezes na Índia, 14 vezes no na floresta amazônica.
E a cada tijolo que se acrescentava a construção ia tomando sua forma .
E muito especial em 2005 conheci a constelação familiar, daí, uma jornada paralela se deu . Nesta Abordagem estive em várias formações, todas complementares também .
Até que conheci o trabalho pessoalmente com o fundador da Constelação e me tocou muito. Aos poucos, fui encontrando meu lugar na minha constelação familiar e consequentemente no mundo .
Estive na Alemanha por três vezes no mesmo ano, o que me deu condição para começar trabalhar com o que se apresentou lá .
Fui sendo conduzida para o lugar onde devo estar.
No mundo .
Nesta sequência conheci as Novas Constelações Quânticas, o que abriu um novo olhar e um novo viver .
Nos últimos anos venho atuando com Constelação Familiar Quântica - de forma individual e em grupos - e com a Psicologia, com um aprofundamento no estudo dos egos, mapeando as crenças, e a partir da autoaceitação, autoacolhimento e superação do auto julgamento punitivo, caminhando em direção a autorresponsabilidade, focando o aprendizado contido naquilo que deu diferente do imaginado, incluindo tudo como uma parte necessária , e conduzindo para o florescimento do ser.
Aos poucos foi brotando um jeito de trabalhar a partir deste canal que estou .
Enfim isto é um resumo , se fosse detalhar daria um livro.
Suficientemente, Siari.
Ver todos os posts por Siari