Comparação é um demônio que devora nossa energia, espontaneidade e o melhor que nos habita.
A comparação me cega de mim.
Para que servem as comparações ?
Até hoje não consegui compreender a função real das comparações.
Vivemos desde muito cedo sendo comparados e atendendo a intenção das comparações.
Pode se pensar que a comparação pode estimular quem está sendo “diminuído”, e isto ser um estímulo para superação.
Mas ao meu ver, isso só serve para desconectar cada vez mais a pessoa dela mesma.
Sempre que somos instigados a uma comparação, ainda que sutil estamos sendo chamados para nos desconectar de nosso próprio valor daquilo que realmente temos de melhor para oferecer.
Nas entrelinhas está a mensagem que diz o que você está fazendo não é tão bom quanto o outro. Ou também está dizendo você é tão melhor do que o outro que faz isso que o outro não faz, com a intenção de supervalorizar uma ação.
Na ilusão de que isso seja um estímulo ou um apoio, vamos sendo chamados para fora, e para nos desvalorizarmos. Dai uma porta muito aberta para baixa estima.
Sem base não tem como decolar.
Padrões aprendidos e repetidos sem uma observação mais expandida das consequências disto. Adultos não tão adultos instigam suas crianças serem a qualquer preço aquilo que elas esperam, se forem bons filhos, é porque foram bons pais… já aí uma referência de comparação.
Tempos atrás havia uma forma de lidar, se valorizasse muito o que a criança fazia ela ficaria convencida e não ficaria estimulada a se esforçar, depois um oposto que super valoriza qualquer ação comum de uma criança.
Tanto um polo como outro há uma chamada para desconexão.
Quando comecei me dar conta o quanto de comparação tinha dentro de mim, comecei me sentir incomodada. Comparava minha aparência, competência, situação financeira, jeito, comportamentos, ações, e nada estava a contento.
Sim, tinha uma origem, um programa já instalado, por estímulos recebidos, dai comecei a checar o que eu realmente queria que fosse diferente do que eu era.
Quando me deparava com alguma situação que me sentia menos, ou insegura, ou acionada na inveja, me questionava se eu gostaria de ser esta pessoa? Logo me dava conta que não. Era um ponto específico que me comparava. Mas sempre o foco estava fora.
E aos poucos fui ampliando minha observação, mas a comparação estava muito enraizada. Dai leva tempo e dedicação na observação e aos poucos na superação deste fator tão limitante pra minha expansão.
Afinal expandir demanda base sólida, e base sólida não se dá sem conexão com a alma que me habita.
Comecei fazer uma brincadeira com minha mente, sempre que me via me comparando e perdendo minha energia com isto, me perguntava : se não existisse ninguém para me comparar, e se não existisse ninguém que me comparasse e eu me importasse, como eu seria ou agiria em uma determinada situação.
Como eu seria sem comparação ?
Esta “brincadeira” que fazia com minha mente já viciada na comparação me dava um certo distanciamento, com isto conseguia chegar mais perto de mim mesma.
Observação na comparação e aos poucos na ação a superação vai se chegando e incorporando.
Vamos chegando e se aconchegando no suficiente é mais
Assim chegando e ocupando meu lugar na estrutura de base, familiar e assim no mundo.
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Publicado por Siari
Atuo como psicóloga.
Minha primeira formação foi Educação Física. Antes disto, transitei desde secretária/faxineira - num consultório dentário - até a secretaria numa fábrica de armas e munições - o que me gerou um carma, sem que eu imaginasse, e que foi liberado muitos anos depois.
Antes de tudo, o que sempre me moveu foi o desvendar as inquietudes que sempre tocaram meu coração .
E bem antes de cursar psicologia já buscava por mim mesma e nem sabia!
Nunca fui uma pessoa de aceitar: é assim mesmo! Sempre busquei novas possibilidades quando não estava bom .
Cheguei na psicologia porque é onde meu darma se dá.
Tive bulimia, fui compulsiva por exercício físico e sempre fui muito exigente . Na busca angustiada da cura da bulimia(porque isto faz muito tempo e não se falava e nem se sabia muito sobre o assunto -eram poucos casos e muito velados) cheguei no renascimento. Foi quando comecei sentir e juntar o que sabia com o que sentia.
No processo terapêutico entendia tudo, mas sentia tudo diferente .
Neste trajeto atuei como professora de educação física, esteticista , professora de estética, massagista, ministrei cursos de shiatsu, do-in, massagem ayurvédica, atuei como renascedora, terapeuta corporal, reikiana e outras atuações que foram tijolos de minha construção .
Fiz várias terapias e frequentei diferentes escolas de autoconhecimento. Tive vários mestres. A cada passo surgia aquele que eu precisava para aquele momento e sempre fui me abrindo para seguir o chamado do meu coração. Em algumas escolas estive mais tempo, em outras um pouco menos, mas todas estão incluídas no meu coração com a certeza de que nenhuma delas poderia estar fora. Caso contrário, eu não seria o que estou sendo hoje ....
E em construção, sempre.
Quando comecei a trabalhar com dependência química venci a preguiça de voltar pra faculdade e fiz psicologia.
Paralelamente fazendo meu trabalho pessoal, renascimento, meditações ativas, transcendental, primal, descondicionamento, pathwork, intensivos de espiritualidade, estive sete vezes na Índia, 14 vezes no na floresta amazônica.
E a cada tijolo que se acrescentava a construção ia tomando sua forma .
E muito especial em 2005 conheci a constelação familiar, daí, uma jornada paralela se deu . Nesta Abordagem estive em várias formações, todas complementares também .
Até que conheci o trabalho pessoalmente com o fundador da Constelação e me tocou muito. Aos poucos, fui encontrando meu lugar na minha constelação familiar e consequentemente no mundo .
Estive na Alemanha por três vezes no mesmo ano, o que me deu condição para começar trabalhar com o que se apresentou lá .
Fui sendo conduzida para o lugar onde devo estar.
No mundo .
Nesta sequência conheci as Novas Constelações Quânticas, o que abriu um novo olhar e um novo viver .
Nos últimos anos venho atuando com Constelação Familiar Quântica - de forma individual e em grupos - e com a Psicologia, com um aprofundamento no estudo dos egos, mapeando as crenças, e a partir da autoaceitação, autoacolhimento e superação do auto julgamento punitivo, caminhando em direção a autorresponsabilidade, focando o aprendizado contido naquilo que deu diferente do imaginado, incluindo tudo como uma parte necessária , e conduzindo para o florescimento do ser.
Aos poucos foi brotando um jeito de trabalhar a partir deste canal que estou .
Enfim isto é um resumo , se fosse detalhar daria um livro.
Suficientemente, Siari.
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