Meu ponto de vista está certo … certeza ?!
Pra mim sim, mas não necessariamente pra outras pessoas Tenho me observado, como sempre, mas andei meio com “pavio curto”
Ao me perceber assim fui logo me aquietar e me perguntar, porque afinal
Algumas vezes entrei numa irritação e me parecia uma intolerância.
Claro que este momento político está tenso e propenso as intolerâncias, mas se entro nesta frequência, a sequência é me olhar pra observar onde está em mim a parte que entra nesta frequência.
Afinal somos vibrações, e elas ecoam e ressoam o que sintonizamos.
Comecei destrinchar internamente os assuntos que abro as portas, e sabendo que minha intolerância não agrada nada especialmente a mim, me disponibilizei a me encarar, até porque é bem desagradável sentir me pronta a acionar a bomba, e para não acionar, gastar muita energia.
Identifiquei que me julgo por me irritar com atitudes que acho muito invasivas, e me atento para evitar.
Sempre estive até radical na auto responsabilidade, o que também me levava até pro orgulho, porque sendo super autorresponsavel me sentia “melhor” mas hoje acredito sim que autorresponsabilidade é a única opção, mas não posso invalidar que se eu não comunicar claramente o que não é OK pra mim talvez o outro nunca perceberá.
Tá ! se a pessoa me invade é porque permiti, e quando não mais permito e ainda recebo concluo : ou me afasto ou comunico.
Ao comunicar dou uma chance de continuar a relação, caso eu queira.
Se não comunico posso cortar a relação.
Nestas reflexões posso também me disponibilizar a ouvir, compreender o ponto de vista da pessoa e escolher se isto é passível de convivência pra mim ou não.
Algumas coisas podem ser hostis suficiente a mim e posso escolher não querer.
Uma oportunidade de avaliar e reavaliar nossas relações.
Fato cada um está como está, todos estão mudando e vale ver e rever o que ainda está valendo.
Desta forma diminuo com a margem de acusação e critica.
Constato o que sinto o que é possível e passível de conivência.
Escolhas.
Não sou obrigada a nada nem ninguém é.
Ninguém precisa concordar comigo e vice versa.
Mas sim em respeito podemos nos recolher em espaços onde nos são construtivos e nutritivos.
Observei que o que desperta em mim uma intolerância é alguém tentar me convencer do seu ponto de vista a qualquer preço.
Dai penso : baseado em que a pessoa se sente mais sabida e melhor que se, nem mesmo saber de mim tenta me enfiar goela abaixo seu ponto de vista e entra num convencimento desesperado, a tentar me convencer em ser aliada numa ideia que muitas vezes nem compactuo, e mesmo se compactuo não estamos aqui para angariar aliados, isto não é relação adulta, é sim muito infantil.
Muitas vezes me parece muito infantil e sem nexo tanta necessidade de convencimento e falada em nome de um “bem maior” , ou até disfarçada, mas pensando no próprio umbigo.
Quero aliados, se muitos concordarem comigo estou certa… ou simplesmente para ser do meu jeito, bem infantil
Então está é a hora de agir a partir do adulto que somos.
Da adulta que sou, faço minhas escolhas, respeito as escolhas dos outros, e tento nem julga-las, digo tento porque sabemos o quão tentador é julgar e acusar.
Mas se julgo alguém é também porque em algum lugar me julgo.
Às vezes me julgo por julgar … já é um julgamento.
Mas dar conta do que sente e como sente é um tanto abrasivo às vezes, dai uma opção é sair vomitando e impondo a opinião.
Sim compartilhar é bacana, assim como refletir junto, isto agrega.
Mas se tiver um pingo de convencimento, rolou um derrapar na curva e sem perceber pegou a contra mão.
E hoje lido com este aspecto de “intolerância” que ainda não sei qual outro nome daria.
Estou realmente sem recursos pra achar razoável a pessoa que nem sabe quase nada de mim me enviar WhatsApp ou mensagens no messenger que são individuais falando sobre partidos políticos, criticando seu adversário de forma tão insana, acusando, e apontando defeitos como se estivéssemos com opções “certas”
Aliás estamos sim, sem opção
Será que este é o desespero que produz este nível de insanidade, ou se todas as projeções saem do baú de cada um.
Talvez seja intolerância ou talvez seja uma clareza do quanto me permiti ser desrespeitada e nem percebia, e agora estou percebendo tão claramente, ou eu precise me posicionar objetivamente.
Mas experimento a intensidade do momento associado a meu retorno de Saturno ainda vibrando no meu mapa e pude observar este aspecto ainda tão intenso … e às vezes tenso
Independente do inconsciente coletivo que afinal reflete em mim nos meus reflexos.
Mas vale uma reflexão : de onde vem tanta necessidade de fazer aliados, de estar contra ou a favor, quem em mim tenta convencer alguém e com qual objetivo ?
Se ouço algo que não ecoa em mim, posso me rever, considerar e reconsiderar, se mesmo assim não ecoar, posso simplesmente me retirar ou silenciar ou até mesmo curiosamente compreender como a pessoa se constrói.
Se houver insistência na surdez e na defesa do ponto de vista
Isto pode estar me sinalizando uma revisão.
Não me interesso pela opinião que as pessoas têm sobre política, mas mesmo assim me interesso pelas pessoas. Política, religião, são só aspectos onde há uma expressão, mas somos muito mais do que isto.
Neste muito mais me interesso.
Realmente não quero saber de suas escolhas políticas, e não te interessa meu voto, vai ver que por isto o voto é individual e secreto né.
Tá na hora de treinar amadurecer, o que não significa ser conivente com aquilo que não combina comigo.
Se combina aproxima, se não afasta.
A sintonia afina e refina a relação, se não afina siga o fluxo ninguém precisa mudar ninguém. O mundo é bem grande tem espaço para todos.
Pronto falei