Quem em mim faz critica?
A vítima, ou um aspecto da vítima.
Muitas vezes reclamamos e criticamos alguém daquilo que sem perceber fazemos.
Muito comum a crítica ser de algo muito igual que está sendo feito, que não conseguimos ver porque estamos com a vista da criança carente e das crenças atuando. Resumindo cegos para o adulto além do discurso. Sim porque discursar sobre o adulto é fácil, mas atuar aí … aí sim que é! Afinal fácil é se iludir
Outro aspecto é que, mesmo que não fazemos concedemos, e aí o que preciso fazer pra mudar?
Como assim?
Posso observar que não faço isto mesmo! Então se crítico estou fazendo concessões, de alguma forma permitindo e sendo conivente com alguma insanidade de alguém em nosso entorno.
Então neste caso uma possibilidade é reconhecer o que concedo e porque concedo.
E se munir de coragem e mudar a postura.
Sim coragem porque isto geralmente nos coloca em situações de fricção nas relações, e o velho modo de não querer confusão ou de não se colocar em situação delicada, se submeter ou até por medo de se meter em alguma tirania, nos omitimos.
Mas sujeira é sujeira, mesmo que estiver embaixo do tapete.
Também quando identificamos algo que recebemos e que concedemos, mesmo que por um longo tempo, e isto não está mais combinando comigo, porque afinal mudamos e algumas coisas não combinam mais conosco, e optamos em não ser mais conivente com algumas insanidades, por mais impactante que seja precisamos perceber que não nos serve mais, e fazermos novas escolhas. E tudo tem um preço a pagar, mas este é um investimento com lucro garantido.
A sanidade sempre é bem-vinda.
Se estou na situação, ela me diz respeito
Mais fácil é ver o “defeito” de alguém e com isto nos distraímos a julgar e criticar.
Sem checar em mim o que se assemelha, ainda que em proporções diferentes.
E qual o meu ganho nesta situação? E é praticamente um “ganho”negativo.
Outra parte a observar é : enquanto nos distraímos a criticar e denegrir alguém perdemos a chance de cuidar da nossa própria vida.
E também a dificuldade de dominar a língua.
E se conseguirmos dar conta daquilo que realmente precisamos olhar em nós, teremos menos tempo pra julgar e condenar.
Sim algumas coisas nos tocam mais visceral, e muitas vezes estas partes mais nevrálgicas nos provocam reações, mas observando bem e nos conectando com nossa fonte podemos nos questionar : afinal o que preciso ver com esta situação que ainda não estou vendo ?
O que preciso aprender ?
Quais crenças estão aqui envolvidas ?
Muitas vezes com um pouco de quietude e com disposição para se ver e se ouvir a resposta nos vem.
Se não vier, há a possibilidade de em algum tempo chegar.
Mas não se demore muito na espera, pode se reformular a pergunta ou buscar alguma ajuda profissional, afinal não é tão fácil aceitarmos algumas verdades nem tão agradáveis a nosso próprio respeito.
Outra contribuição pode ser não se condenar quando checar e verificar que não somos o que gostaríamos, ainda.
Hora de investir na aceitação, com compaixão e chegaremos a transformação.
Alguma construção interna nos moveu a estas ações e reações, mas podemos mudar a direção e a ação a qualquer momento.
Escolhas…
Esta porta aberta sim nos dará infinitas possibilidades.
O eu idealizado luta, grita e defende o ponto de vista, mas afinal o que é um ponto de vista mediante o horizonte.
Assim podemos seguir e conseguir olhar tudo como:
“um interessante ponto de vista”
e podemos mudar nosso ponto de vista e também expandir nossa ação e reação.
Me responsabilizo pelo que é meu, invisto na mudança caso não seja razoável a forma que agi e não curti, faço novas escolhas
Com novas escolhas, novos caminhos, em novos caminhos novos aprendizados e novas escolhas e assim seguir… fluir.
Posso escolher olhar tudo como “um interessante ponto de vista” e mudar a direção a cada momento, conectada com o coração fluo.
Sempre atenta a mente, que mente (de contar mentiras) e muito identificados com o ego, infantilmente muitas vezes acreditamos na mentira dos nossos processos mentais.
Muitas vezes a mente faz um argumento para convencer o outro e acaba convencendo a si mesmo. Acredita na própria mentira e gasta toda energia em tentar fazer isto ser uma verdade.
Porque a mente consegue saciedades, mas são provisórias, e de curto prazo, porque em algum momento o que está pendente no arquivo será prioridade, precisará ser visto.
Observar, reconhecer, assumir
Se não estiver no coração, posso reconhecer e lembrar daquilo que sinto quando estou na conexão e dai trilhar o caminho, até que este será o único caminho a única opção, dai sem reação na ação do coração a fluir na devoção que nada mais é que toda ação feita com o coração
Reconhecimento, intenção, ação.