“ Inveja não é apenas querer o que o outro tem, isso é cobiça.
Inveja é também sobre se entristecer pela alegria alheia, é ressentir-se dela.
Em sua etimologia, inveja vem do IN VIDERE = NÃO VER.
Assim, a pessoa invejosa tem dificuldade de perceber a si mesma, apenas se recente do que imagina ver no outro.
Em geral esse outro é próximo temporalmente, afinal, é raro que se tem inveja de pessoas de séculos atrás.
O alvo de inveja de alguma forma é trazido para perto, só assim a comparação se efetiva.
Nessa edição invejosa, a vida do outro é editada: imaginamos que para aquela pessoa tudo seja muito fácil, leve, bom e bonito, que ela não mereceu o que tem, que só quem tem problemas somos nós.
A inveja é não só um afastamento de si, como também do outro, que não é visto para além da idealização.
Junto disso, “ antes de destruir o outro detentor das boas qualidades invejosas, o invejoso dirige a si próprio acusação de insuficiente dessas qualidades” (Trinca,2009).
De fato, as opressões criam e sustentam injustiças e desigualdades e justamente por isso que a inveja é um jeito pouco saudável de elaborar isso, já que o ataque é internalizado contra a própria pessoa.
Ela que se torna amarga e triste nesse processo.
Talvez não seja possível erradicarmos a inveja completamente, mas quem sabe possamos encontrar outros meios de lidar com ela.
Sempre que ela aparecer, podemos abrir espaço para nos escutarmos: onde isso me dói?
Em vez de pensar só no que “O outro tem que eu não tenho“, pensar também no que se tem, o que se construiu até hoje.
A gente não olha pro por do sol, orvalho e lua e sente inveja deles, nos alegramos com sua existência.
Só há inveja onde há comparação.
E não há como comparar trajetórias, existências e caminhos distintos.
Cada pessoa sabe de si, de suas lágrimas e sorrisos.
Não levemos tão a sério as ameaças da inveja, ninguém é tão perfeito quando a gente pensa, nossos corpos, ideias, jeitos de ser vão mudando ao longo da vida e essa é que é a graça “.
Vi o texto na página Instagram da @Rafaela Lemos
Referências e autoria do texto
Artigo: “o sistema ment determinante da inveja”. Walter Trinca. Revista Brasileira de Psicanálise – Volume 43, n.3, 51-58, 2009. ” O Pecado envergonhado da inveja” – Leandro Karnal, Café Filosófico
Imagem: Gravura em metal: o beijo do amor verdadeiro.
Atuo como psicóloga.
Minha primeira formação foi Educação Física. Antes disto, transitei desde secretária/faxineira - num consultório dentário - até a secretaria numa fábrica de armas e munições - o que me gerou um carma, sem que eu imaginasse, e que foi liberado muitos anos depois.
Antes de tudo, o que sempre me moveu foi o desvendar as inquietudes que sempre tocaram meu coração .
E bem antes de cursar psicologia já buscava por mim mesma e nem sabia!
Nunca fui uma pessoa de aceitar: é assim mesmo! Sempre busquei novas possibilidades quando não estava bom .
Cheguei na psicologia porque é onde meu darma se dá.
Tive bulimia, fui compulsiva por exercício físico e sempre fui muito exigente . Na busca angustiada da cura da bulimia(porque isto faz muito tempo e não se falava e nem se sabia muito sobre o assunto -eram poucos casos e muito velados) cheguei no renascimento. Foi quando comecei sentir e juntar o que sabia com o que sentia.
No processo terapêutico entendia tudo, mas sentia tudo diferente .
Neste trajeto atuei como professora de educação física, esteticista , professora de estética, massagista, ministrei cursos de shiatsu, do-in, massagem ayurvédica, atuei como renascedora, terapeuta corporal, reikiana e outras atuações que foram tijolos de minha construção .
Fiz várias terapias e frequentei diferentes escolas de autoconhecimento. Tive vários mestres. A cada passo surgia aquele que eu precisava para aquele momento e sempre fui me abrindo para seguir o chamado do meu coração. Em algumas escolas estive mais tempo, em outras um pouco menos, mas todas estão incluídas no meu coração com a certeza de que nenhuma delas poderia estar fora. Caso contrário, eu não seria o que estou sendo hoje ....
E em construção, sempre.
Quando comecei a trabalhar com dependência química venci a preguiça de voltar pra faculdade e fiz psicologia.
Paralelamente fazendo meu trabalho pessoal, renascimento, meditações ativas, transcendental, primal, descondicionamento, pathwork, intensivos de espiritualidade, estive sete vezes na Índia, 14 vezes no na floresta amazônica.
E a cada tijolo que se acrescentava a construção ia tomando sua forma .
E muito especial em 2005 conheci a constelação familiar, daí, uma jornada paralela se deu . Nesta Abordagem estive em várias formações, todas complementares também .
Até que conheci o trabalho pessoalmente com o fundador da Constelação e me tocou muito. Aos poucos, fui encontrando meu lugar na minha constelação familiar e consequentemente no mundo .
Estive na Alemanha por três vezes no mesmo ano, o que me deu condição para começar trabalhar com o que se apresentou lá .
Fui sendo conduzida para o lugar onde devo estar.
No mundo .
Nesta sequência conheci as Novas Constelações Quânticas, o que abriu um novo olhar e um novo viver .
Nos últimos anos venho atuando com Constelação Familiar Quântica - de forma individual e em grupos - e com a Psicologia, com um aprofundamento no estudo dos egos, mapeando as crenças, e a partir da autoaceitação, autoacolhimento e superação do auto julgamento punitivo, caminhando em direção a autorresponsabilidade, focando o aprendizado contido naquilo que deu diferente do imaginado, incluindo tudo como uma parte necessária , e conduzindo para o florescimento do ser.
Aos poucos foi brotando um jeito de trabalhar a partir deste canal que estou .
Enfim isto é um resumo , se fosse detalhar daria um livro.
Suficientemente, Siari.
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